O tenente-coronel Mauro Cid prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, atendendo a um chamado do ministro Alexandre de Moraes para esclarecer inconsistências entre suas declarações anteriores e investigações conduzidas pela Polícia Federal. Após cerca de três horas de inquirição, o ministro considerou o depoimento positivo, mantendo a validade do acordo de delação premiada firmado em 2023, no qual o delator se comprometeu a colaborar com informações sobre atividades ilícitas durante o governo anterior.
A Polícia Federal havia apontado descumprimento de cláusulas do acordo por parte de Mauro Cid, mas o ministro decidiu manter a colaboração, enviando o depoimento para complementação das investigações. Entre os temas investigados estão supostas fraudes relacionadas a cartões de vacina e operações de venda de joias. Além disso, a delação foi considerada no contexto de investigações sobre um plano de ataque contra líderes políticos, incluindo o presidente da República, que supostamente envolveu reuniões entre militares e outras figuras públicas.
Ainda que o depoente tenha negado envolvimento direto ou conhecimento sobre encontros ligados ao plano de assassinato, os avanços das apurações indicam que os detalhes relatados continuarão sendo analisados pelas autoridades. A manutenção do acordo de delação reforça a estratégia do STF e da Polícia Federal em consolidar provas para elucidar os fatos de grande relevância nacional.