O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, enviou ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes a investigação sobre as explosões ocorridas em frente à Corte na noite de quarta-feira, 13 de novembro. O atentado está sendo apurado como uma possível tentativa de atentado ao Estado de Direito e terrorismo. A Polícia Federal (PF) investiga a motivação política do ataque, que inclui publicações do autor nas redes sociais em que ele atacava o Judiciário e convocava a população para ações violentas contra o poder público. O caso foi atribuído ao ministro Moraes devido à sua atuação em investigações anteriores, como as relacionadas aos ataques de 8 de janeiro e outros atos antidemocráticos.
A PF detalhou que os explosivos usados no ataque eram fogos de artifício, armazenados no porta-malas de um veículo encontrado em um estacionamento. A investigação também descobriu que o autor carregava um lança-chamas e que havia mais explosivos em sua residência, em Ceilândia (DF). Os investigadores esperam que o conteúdo do celular do suspeito, localizado no dia seguinte, seja crucial para elucidar o caso. O diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, afirmou que o autor do ataque mantinha um discurso de ódio contra as instituições, o que pode estar relacionado ao clima de polarização política no país.
Em reação ao atentado, o ministro Moraes alertou sobre a crescente radicalização política no Brasil, associando o ataque à utilização criminosa da liberdade de expressão, que, segundo ele, tem sido manipulada para incitar violência contra as autoridades. Moraes também criticou a tramitação da PEC da Anistia no Congresso, que poderia beneficiar envolvidos em atos extremistas, afirmando que a impunidade só intensificaria a agressividade desses grupos. O STF recebeu novas ameaças, o que reforça a necessidade de uma resposta firme contra a escalada de violência e ameaças ao Estado democrático de direito.