O Supremo Tribunal Federal iniciou uma investigação sobre um atentado ocorrido na noite de quarta-feira, 13, em frente à sua sede. O ataque, realizado por um indivíduo com explosivos, é tratado como uma tentativa de agressão ao Estado Democrático de Direito e ao Poder Judiciário. A Polícia Federal (PF) apura possíveis motivações políticas relacionadas a atos antidemocráticos, ligando o atentado aos eventos de 8 de janeiro e outras ações violentas contra as instituições. O caso foi encaminhado para o gabinete de um ministro que já supervisiona investigações relacionadas a ataques a membros da Corte e atividades golpistas.
A PF localizou o celular do autor do atentado e investiga possíveis conexões com ameaças anteriores contra o STF. Segundo informações preliminares, o suspeito havia manifestado publicamente intenções violentas contra membros da Corte, além de convocar a população a participar de uma revolução. A investigação também revelou que o agressor estava em posse de material explosivo, incluindo fogos de artifício e até um lança-chamas. O atentado é visto como um reflexo do clima de polarização política e discursos de ódio que têm se intensificado no Brasil.
Em declarações públicas, autoridades do STF, incluindo um dos ministros, destacaram que o incidente é resultado de uma escalada de discurso de ódio alimentado por grupos radicais. Esse clima de hostilidade foi apontado como um fator que agrava os riscos à democracia no país. Além disso, alertas foram feitos sobre propostas legislativas que poderiam conceder anistia a envolvidos em atos violentos, o que, segundo as autoridades, agravaria ainda mais a situação e poderia incentivar novos ataques. A PF também encontrou mais explosivos na casa do suspeito, reforçando a gravidade da ameaça.