Uma investigação da Polícia Federal desvendou um esquema envolvendo o planejamento de ações para monitorar autoridades e instaurar uma gestão de crise após um possível golpe de Estado. De acordo com o relatório, reuniões teriam ocorrido em novembro de 2022, com a participação de militares e membros do alto escalão político, visando discutir estratégias para interferir na posse do governo eleito. Dados recuperados indicam o monitoramento de autoridades como ministros do Supremo Tribunal Federal e do Executivo.
Entre as ações investigadas, destaca-se a elaboração de uma minuta para a criação de um gabinete de crise, que seria comandado por militares com apoio de civis, em caso de instabilidade institucional. Esse gabinete teria o objetivo de coordenar ações de controle após um eventual golpe. A investigação revelou evidências de que o documento foi produzido em instalações oficiais, corroborando a articulação descrita pelos investigadores.
Os delegados responsáveis pelo caso apontaram que as atividades começaram após reuniões específicas e que envolviam a participação de oficiais das Forças Armadas. As informações ainda indicam que um planejamento operacional foi aprovado em encontros estratégicos. O caso segue sob apuração, com depoimentos agendados para esclarecer os detalhes e as responsabilidades dos envolvidos.