Um relatório da Polícia Federal divulgado nesta terça-feira (26) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal trouxe à tona mensagens de militares investigados por planejar um golpe de Estado em 2022. Essas comunicações, analisadas no contexto da apuração, frequentemente faziam referência ao golpe militar de 1964, sugerindo paralelos entre os momentos históricos. A menção ao regime de 1964 foi usada como comparação para justificar ações contra as instituições democráticas atuais.
As mensagens mostraram debates internos entre militares sobre o suposto papel das Forças Armadas diante do cenário político de 2022. Uma sequência de conversas revela frustrações com a situação política, enquanto alguns defendiam maior intervenção, argumentando que as ações de 1964 não enfrentavam tantas “liberdades de manobra” por parte de opositores. Apesar disso, outros destacaram a posição institucional de manter a neutralidade política, reforçada pelo Alto Comando do Exército.
A investigação faz parte de um esforço mais amplo para compreender os eventos que tentaram desestabilizar a ordem democrática no Brasil. O uso de referências históricas como o golpe de 1964 é central nas análises, pois evidencia o contexto simbólico e ideológico que motivou algumas ações recentes. A divulgação dessas informações reforça o papel das instituições de controle e fiscalização em manter a estabilidade do regime democrático no país.