A Polícia Federal e a Polícia Civil de São Paulo abriram uma investigação conjunta para apurar o assassinato de um empresário, morto a tiros no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos. A possibilidade de federalizar o caso está em análise pelo governo federal, um processo que exige solicitação formal à Procuradoria-Geral da República e a posterior aprovação pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A medida reflete a complexidade e a sensibilidade do caso, dada a conexão do empresário com investigações sobre o crime organizado no Brasil.
A vítima, que havia celebrado um acordo de colaboração com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), fornecia informações detalhadas sobre atividades e estruturas financeiras de uma facção criminosa. Além de relatar práticas de lavagem de dinheiro e a movimentação de valores expressivos, o empresário apresentou provas documentais que incluíam transferências bancárias e contratos. Apesar de receber uma oferta de proteção do MPSP, ele escolheu não aderir, optando por seguir sua rotina com segurança privada.
O ataque no aeroporto, que incluiu 29 disparos, resultou em 10 tiros que atingiram o empresário. Os autores fugiram em um veículo que mais tarde foi abandonado e recuperado pela polícia. Em comunicado, o Ministério Público de São Paulo reafirmou o compromisso de identificar e responsabilizar os envolvidos no crime, enquanto novos desdobramentos emergem com o afastamento dos policiais que faziam a segurança privada do empresário.