Na quinta-feira (14), agentes da Polícia Federal e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) realizaram varreduras em diversos pontos de Brasília, incluindo prédios públicos, após a descoberta de novos artefatos explosivos relacionados ao atentado contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a investigação, o autor do atentado tinha ao menos oito bombas, sendo quatro delas localizadas com ele no momento em que se aproximou do STF. Os explosivos, fabricados de forma caseira com materiais como canos de PVC, pregos e parafusos, foram encontrados em um trailer e em uma casa alugada na capital federal.
Durante a abordagem policial, o suspeito teria ameaçado os agentes, afirmando que detonaria os explosivos caso fosse impedido de alcançar seu objetivo. No entanto, ele foi detido antes de conseguir executar o ataque. A investigação não encontrou indícios de que o autor tenha instalado outros artefatos na cidade, e as forças de segurança seguiram com as buscas por mais possíveis explosivos. A Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estão monitorando a situação, enquanto continuam a apuração do caso.
Embora as publicações de teor radical do autor nas redes sociais levantem questões sobre sua motivação, até o momento, não há evidências de conexão direta com os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O STF tem sido alvo constante de ameaças desde aquele episódio, com investigações em andamento sobre a mobilização de grupos para ataques e o monitoramento de ministros e seus familiares. As autoridades seguem a análise de materiais apreendidos, como o celular do autor, para entender melhor os possíveis vínculos e o contexto do atentado.