A Polícia Federal (PF) revelou um plano que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outras autoridades, com a participação de militares e discussões estratégicas ocorridas em novembro de 2022. Segundo o relatório da Operação Contragolpe, deflagrada para investigar o caso, reuniões teriam ocorrido para organizar os detalhes da ação, incluindo recursos logísticos e financeiros necessários para a execução do plano. Documentos e mensagens encontradas entre os envolvidos indicam a intenção de mobilizar um grupo militar específico para viabilizar a operação clandestina.
O relatório aponta que, após uma das reuniões, circulou entre os investigados um documento codificado que detalhava os primeiros passos do plano, incluindo a necessidade de R$ 100 mil para financiamento. A operação, contudo, não foi levada a cabo, e a Polícia Federal prendeu cinco militares supostamente ligados à trama. Outras mensagens também sugeriam a utilização de efetivo militar de determinados estados brasileiros, enquanto o comando do grupo seria centralizado em Goiás.
Em resposta às investigações, advogados e autoridades ligadas aos nomes citados no relatório preferiram não se manifestar até o acesso completo às informações da operação. A situação reacendeu o debate jurídico e político no Brasil sobre a tipificação de atos preparatórios de crimes, com parlamentares propondo mudanças na legislação. O episódio destaca a importância de reforçar a segurança institucional e o cumprimento das leis democráticas no país.