A investigação da Polícia Federal revelou detalhes de um plano elaborado para assassinar líderes do governo e do Judiciário brasileiro como parte de uma suposta tentativa de golpe de Estado. O plano, que teve origem em um documento produzido por um general da reserva, previa ações de alto risco contra o presidente da República, o vice-presidente e um ministro do Supremo Tribunal Federal. Apesar do nível avançado de organização, com uso de codinomes e recursos militares, o plano foi abortado em dezembro de 2022, pouco antes de sua execução.
Entre os pontos de destaque, está o uso de veículos oficiais e a comunicação criptografada entre os envolvidos, que planejavam ações utilizando métodos como envenenamento e explosivos. A investigação ainda busca esclarecer diversos aspectos, incluindo os motivos do cancelamento da operação, as condições que levaram ao planejamento detalhado e as conexões entre os suspeitos presos e outras pessoas que poderiam estar envolvidas. As ações planejadas coincidiram com eventos oficiais das autoridades-alvo, mas não foram concretizadas devido a mudanças de última hora.
O caso levanta questões sobre a utilização de recursos públicos em ações ilícitas e a profundidade das articulações entre militares e civis no suposto esquema. Além das figuras já identificadas, há menções a outros possíveis alvos e participantes, destacando um nível de complexidade que ainda desafia os investigadores. A operação deflagrada pela PF resultou em prisões importantes, mas deixou dúvidas sobre o alcance da conspiração e a identificação completa de seus participantes.