A investigação sobre o assassinato de um empresário em Guarulhos, ocorrido no dia 8 de novembro, foca na possível ligação de agentes de segurança pública com o crime. O empresário, que havia feito uma delação premiada envolvendo o PCC e policiais corruptos, foi morto a tiros enquanto estava na área externa do Aeroporto Internacional de São Paulo. Câmeras de segurança registraram a ação, que também deixou um motorista de aplicativo morto e outras três pessoas feridas. A investigação está sendo conduzida por uma força-tarefa da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, com o apoio da Corregedoria da Polícia Civil e do Ministério Público.
Até o momento, ao menos 13 policiais, incluindo militares e civis, são investigados por sua possível participação no crime. Os policiais em questão estavam envolvidos tanto na escolta do empresário quanto nas extorsões denunciadas por ele antes de sua morte. Além disso, a investigação investiga o patrimônio de alguns dos agentes, que, de acordo com os dados obtidos, têm vínculos com empresas registradas em nome de familiares e que apresentam grande discrepância com os salários recebidos. A força-tarefa busca esclarecer como esses policiais, com rendimentos médios, conseguiram acumular um patrimônio considerável.
O empresário, que respondia por crimes como homicídios e lavagem de dinheiro ligados ao PCC, estava colaborando com a Justiça através de uma delação premiada, que poderia resultar em redução de penas. Entre suas denúncias, ele acusava agentes de segurança pública de extorsão, como no caso de um suposto acordo para assassiná-lo por uma recompensa milionária. A investigação segue sem a identificação dos assassinos, mas as autoridades continuam a apurar as circunstâncias e os responsáveis pelo planejamento e execução do crime.