O Supremo Tribunal Federal (STF) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estão investigando a conduta de um juiz federal, citado em um relatório da Polícia Federal relacionado a uma tentativa de golpe de Estado. O magistrado é apontado como um dos responsáveis pela elaboração de um documento que atacava as urnas eletrônicas sem apresentar provas, o qual foi utilizado em uma representação contra as eleições do 2º turno de 2022. A decisão de abrir a investigação criminal no STF foi tomada pelo ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, enquanto o CNJ abriu um inquérito administrativo de ofício.
O juiz em questão foi vinculado ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) e atuou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até agosto de 2022, onde exerceu funções importantes, inclusive como auxiliar da presidência da Corte. Em 2020, foi indicado para integrar o grupo responsável por enfrentar a desinformação nas eleições daquele ano. Apesar de sua citação no relatório da Polícia Federal, o juiz não foi indiciado entre as 37 pessoas envolvidas diretamente na investigação.
O CNJ recebeu um ofício do STF, relatando a conduta do juiz, e decidiu encaminhar o caso à Corregedoria Nacional de Justiça para apuração. A investigação segue de forma sigilosa, enquanto as autoridades analisam se o magistrado deve ser afastado de suas funções. A situação gerou grande repercussão, com órgãos competentes focando na transparência e na legalidade das ações durante o processo eleitoral de 2022.