O juiz federal Sandro Nunes Vieira é investigado por sua suposta participação na elaboração de um relatório que foi utilizado por aliados políticos para questionar a integridade das urnas eletrônicas durante o segundo turno das eleições de 2022. A Polícia Federal apontou o magistrado como responsável por assessorar a criação de um documento sem provas, que atacava o sistema eleitoral, sendo posteriormente utilizado em uma representação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O Supremo Tribunal Federal (STF) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estão apurando a conduta do juiz, com o STF sendo o responsável pelo processo criminal. No CNJ, foi instaurado um inquérito administrativo, e a decisão sobre um possível afastamento do magistrado está a cargo do corregedor nacional de Justiça. O caso segue em sigilo, com os detalhes sendo investigados.
Sandro Nunes Vieira tem um histórico como juiz federal vinculado ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) e atuou no TSE entre 2019 e 2022, além de integrar grupos relacionados ao combate à desinformação. Apesar de sua menção no relatório da Polícia Federal, o juiz não está entre as 37 pessoas formalmente indiciadas no inquérito relacionado à tentativa de golpe, e o TRF-4 não se pronunciou sobre o caso até o momento.