A Polícia Federal (PF) tem investigado uma série de tentativas de golpe de Estado envolvendo altos oficiais militares e ex-integrantes do governo, em um contexto pós-eleições de 2022. A investigação revela um plano para garantir a permanência no poder do então presidente, mesmo após sua derrota nas urnas. Segundo os documentos obtidos pela PF, o plano incluía ações violentas e tentativas de execução de medidas antidemocráticas, com apoio de setores das Forças Armadas. O general responsável pela operação seria identificado como uma figura central, com forte influência sobre a estratégia do golpe.
Durante as investigações, a PF descobriu diálogos e trocas de mensagens que indicam a articulação de militares para mudar a liderança do Ministério da Defesa e reforçar o apoio ao ex-presidente. Em um desses registros, um dos envolvidos sugere ao presidente da República que substituísse o ministro da Defesa para que um general mais alinhado com os objetivos golpistas assumisse o cargo. A PF destaca que, apesar da movimentação, as tentativas de golpe foram frustradas pela resistência de comandantes das Forças Armadas, que se negaram a apoiar qualquer ação que fosse contrária à Constituição.
Os documentos e depoimentos de militares como os generais Freire Gomes e Baptista Júnior mostram uma clara oposição a qualquer ação golpista, o que impediu a materialização do plano. A investigação da PF também indica que a tentativa de golpe teve como principal beneficiário o ex-presidente, mas com uma estrutura comandada por outros altos oficiais militares. A apuração sugere que a movimentação por parte desses envolvidos visava garantir a continuidade de um projeto político, ainda que a eleição tivesse sido claramente vencida por outro candidato.