A situação do ex-presidente brasileiro se torna mais delicada após seu indiciamento pela Polícia Federal, que o acusa de envolvimento direto em uma tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, organização criminosa e golpe de estado. Este inquérito é especialmente significativo, pois marca a primeira vez em que a polícia o vincula a articulações concretas para um golpe, e não apenas como beneficiário indireto de ações controversas. O caso ganha ainda mais relevância considerando que o próprio ex-presidente sancionou alterações na legislação que tipificam como crime a simples tentativa de golpe, independentemente de seu sucesso.
Documentos e provas apresentadas pela Polícia Federal complicam a defesa, que até então sustentava a ausência de conhecimento por parte do investigado. Entre os indícios levantados estão reuniões com o comando das Forças Armadas, mensagens que mencionam ajustes em decretos e documentos apreendidos que sugerem planos que comprometem a integridade de líderes institucionais. Além disso, os dados reforçam que as ações não foram isoladas, mas parte de uma suposta articulação mais ampla envolvendo diversas figuras públicas.
Apesar da gravidade do caso, o investigado mantém uma postura pública de aparente tranquilidade. Enquanto aguarda os desdobramentos, que incluem a divulgação do relatório final do inquérito, segue realizando atividades pessoais e sociais, demonstrando confiança em sua estratégia de defesa. Especialistas apontam que o desenrolar deste processo poderá ter impactos significativos no cenário político e jurídico do país, especialmente por envolver temas fundamentais para a estabilidade do estado democrático de direito.