A visão dos investidores globais sobre a América Latina tem se tornado mais otimista, impulsionada por perspectivas positivas para Brasil, México e, sobretudo, Argentina. O país sul-americano emerge como destaque na região, atraindo atenção pela possibilidade de recuperação econômica sustentada, com avanços em ajustes fiscais, negociações com o FMI e a possível remoção de restrições de capital. Apesar de ser classificado como mercado de fronteira pela MSCI, analistas acreditam que uma reclassificação para mercado emergente em 2025 pode gerar um aumento significativo de investimentos.
No Brasil, há expectativas de uma reancoragem fiscal e monetária, com um pacote fiscal robusto sendo visto como o principal legado do atual governo. O mercado também avalia positivamente a postura técnica da nova liderança do Banco Central, enquanto o cenário político de médio prazo permanece indefinido. No México, a estabilidade econômica e o pragmatismo político da nova administração reforçam a confiança dos investidores, com setores como infraestrutura e consumo se beneficiando do interesse renovado no nearshoring.
Outros mercados, como Chile e Colômbia, enfrentam desafios específicos, como inflação elevada e incertezas políticas, que limitam o entusiasmo dos investidores. Em termos setoriais, há destaques nos segmentos de transporte, saúde, educação, materiais, agronegócio e varejo, com empresas buscando estratégias de expansão, eficiência e ajustes para mitigar custos e aproveitar ciclos econômicos positivos. O relatório sugere que a América Latina continua sendo uma região de interesse para investidores globais, com oportunidades variadas, embora cercadas de desafios macroeconômicos e políticos.