Em outubro, os investidores estrangeiros realizaram a maior venda de ações de mercados emergentes desde o início de 2020, com uma saída líquida de US$ 25,5 bilhões, refletindo uma aversão ao risco acentuada em meio a preocupações econômicas globais. Esse movimento foi compensado, no entanto, pelos fluxos positivos para investimentos em títulos e dívidas dessas economias, que somaram US$ 27,4 bilhões no mesmo período. De maneira geral, o mês de outubro registrou uma entrada líquida de US$ 1,9 bilhão, uma desaceleração significativa em comparação com os US$ 56,4 bilhões registrados em setembro, mas uma melhora em relação à saída de US$ 8,1 bilhões observada em outubro de 2023.
A China, que tinha atraído um forte fluxo de investimentos em setembro, experimentou um retrocesso significativo em outubro, com as ações chinesas perdendo US$ 9 bilhões. A falta de efeito das novas medidas de estímulo do governo chinês, tanto em setembro quanto em novembro, contribuiu para a falta de confiança entre os investidores. No entanto, os títulos da China ainda conseguiram atrair US$ 1,4 bilhão, refletindo um interesse contínuo por parte dos investidores, mesmo diante das incertezas econômicas.
Em termos regionais, os fluxos de investimento seguiram padrões variados, com a Ásia registrando uma saída líquida de US$ 6,8 bilhões, enquanto a Europa Emergente e a América Latina observaram entradas de US$ 5,2 bilhões e US$ 3,6 bilhões, respectivamente. No acumulado do ano, o total de investimentos estrangeiros em mercados emergentes chegou a US$ 249 bilhões, com a maior parte direcionada para dívidas, especialmente fora da China. A expectativa de que as taxas de juros mais altas nos Estados Unidos possam favorecer os investimentos em dívida está moldando os fluxos financeiros, enquanto as ações continuam a enfrentar pressões.