As recentes enchentes na Espanha, consideradas as piores do século, deixaram um saldo trágico de 217 mortos e dezenas de desaparecidos. A tempestade, que se abateu sobre a região metropolitana de Valência, trouxe chuvas intensas que causaram inundações devastadoras em diversas localidades. A população local criticou severamente o governo por sua resposta lenta, incluindo o atraso de duas horas no envio de alertas sobre as chuvas, o que exacerbou os danos e a perda de vidas.
Durante uma visita à região afetada, o Rei Felipe VI da Espanha enfrentou protestos, com cidadãos expressando sua indignação em relação ao governo e sua falta de ação. Em meio a apelos por ajuda, a situação se agravou com saques em supermercados e a necessidade de intervenção militar para auxiliar na recuperação e no fornecimento de alimentos às áreas mais impactadas. Além disso, os danos estruturais à infraestrutura, como estradas e ferrovias, foram extensivos, dificultando ainda mais os esforços de socorro.
Cientistas atribuem o evento extremo às mudanças climáticas, que aumentaram a temperatura do mar Mediterrâneo e, consequentemente, a intensidade das tempestades na região. As enchentes resultaram em cenas de destruição, com carros submersos, ruas transformadas em rios e a população enfrentando a escassez de recursos. O governo espanhol declarou que a situação é um dos piores desastres naturais do século 21, exigindo ações imediatas e eficazes para a recuperação das comunidades afetadas.