As inundações que atingiram o sudeste da Espanha, particularmente a região de Valência, deixaram um rastro de devastação com edifícios destruídos, milhares de automóveis empilhados nas estradas e danos em pontes e ferrovias que precisarão ser reconstruídas. A magnitude dos estragos impactou fortemente o setor agrícola e deixou diversas empresas em ruína. O governo e as seguradoras enfrentam agora um enorme desafio financeiro para cobrir as perdas, enquanto operações de limpeza e reconstrução começam a ser financiadas por autoridades regionais e federais.
O custo econômico das inundações promete ser exorbitante, mas ainda está sendo avaliado. Um fundo de garantia, gerido pelo Consórcio de Compensação de Seguros (CCS), cobrirá grande parte das indenizações. Até o momento, o governo espanhol já recebeu 46.000 pedidos de compensação, um número sem precedentes. O Ministério dos Transportes estima que o restabelecimento da infraestrutura de transporte possa exigir investimentos de 2,6 bilhões de euros, enquanto o governo regional de Valência prometeu um apoio emergencial de 250 milhões de euros para ajudar empresas e cidadãos afetados.
No setor agrícola, os danos são particularmente severos para os produtores de cítricos, com 50 mil hectares de plantações prejudicadas e perdas estimadas em 150 milhões de euros. Enquanto áreas industriais e estabelecimentos comerciais também sofreram impactos consideráveis, o sindicato agrícola Asaja destacou a magnitude catastrófica das perdas. Com milhares de peritos avaliando os danos, o governo assegura que as reservas para compensação são suficientes, mas o custo final e as implicações financeiras ainda são imprevisíveis.