Os serviços de emergência da cidade de Valência informaram, na última sexta-feira, que o número de mortos devido às inundações no leste da Espanha subiu para 202, somando-se a três mortes em Castilla-La Mancha e Andaluzia, totalizando 205 vítimas. As autoridades locais alertaram que o saldo pode aumentar, pois as buscas por desaparecidos e a remoção de corpos continuam. A agência meteorológica do país estendeu o alerta vermelho na região do litoral de Huelva, prevendo a continuidade das chuvas intensas, enquanto outras áreas, como as Ilhas Baleares, permanecem sob alerta laranja.
Para intensificar os esforços de resgate, o governo espanhol enviou mais 500 militares, que se juntaram aos 1.200 integrantes da Unidade Militar de Emergências (UME) já mobilizados. Em declaração à imprensa, a ministra da Defesa enfatizou a necessidade de recursos adicionais para enfrentar essa crise, que foi classificada como uma tragédia devastadora. As fortes tempestades que atingiram a região, com chuvas equivalentes ao total esperado em um ano, causaram destruições severas, incluindo a derrubada de pontes, destruição de casas e o arrastamento de veículos.
Além das dificuldades enfrentadas em decorrência das inundações, a polícia registrou ocorrências de saques em algumas áreas afetadas, levando o governo a prometer ações enérgicas. Com a comunidade em estado crítico, a prefeita de Chiva destacou a necessidade urgente de alimentos adequados para crianças e idosos, mencionando que muitos carros abandonados nas ruas estão cheios de corpos. A situação continua crítica, com as equipes de resgate trabalhando incansavelmente para auxiliar os sobreviventes.