A Interpol realizou uma operação de grande escala contra o tráfico de pessoas, abrangendo 116 países e resultando na prisão de 2,5 mil suspeitos. A ação coordenada ocorreu nos dias 5 e 6 deste mês e teve como um de seus principais objetivos combater redes criminosas responsáveis pelo tráfico humano em diversas regiões do mundo. Com mais de 3.000 potenciais vítimas resgatadas, a Interpol destacou a operação como a maior já realizada nessa área.
As vítimas resgatadas incluem menores de idade que eram forçados a trabalhar na Argentina, moradores de rua no Iraque traficados para diferentes formas de exploração, e migrantes submetidos a condições de exploração em locais de entretenimento na Macedônia. Em várias partes do Oriente Médio, também foram encontrados trabalhadores domésticos em condições análogas à escravidão. A operação expôs como o tráfico humano ocorre de maneira globalizada e afeta vítimas de todas as idades e origens.
No Brasil, a Polícia Federal identificou a atuação de um grupo que facilitava a travessia de migrantes em situação irregular para os Estados Unidos, demonstrando o alcance das redes de tráfico. Em outros países, como as Filipinas e Mali, foram desmanteladas estruturas que mantinham dezenas de pessoas em condições precárias, incluindo 24 mulheres do Togo enganadas com promessas falsas de trabalho. A Interpol reforçou a necessidade de ações internacionais coordenadas para desarticular redes criminosas e proteger vítimas em situação de vulnerabilidade.