A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) anunciou um reforço no policiamento na região da Baixada Santista, com o objetivo de capturar suspeitos envolvidos na ocorrência que resultou na morte de uma criança de 4 anos em Santos. Esse aumento no efetivo policial teve início após o incidente e permanece sem prazo determinado para ser concluído. Segundo o porta-voz da Polícia Militar, coronel Emerson Masseira, o trabalho conjunto entre a inteligência policial e o policiamento de choque está sendo utilizado para identificar e prender os envolvidos na ocorrência, embora a quantidade de agentes mobilizados não tenha sido divulgada para proteger a operação.
A morte do menino, atingido por um disparo enquanto brincava na calçada, ocorreu durante uma operação policial no Morro São Bento e tem gerado forte reação de órgãos e entidades de direitos humanos, que denunciam o aumento da violência policial e o risco às populações mais vulneráveis. A SSP lamentou o ocorrido, mas afirmou que o confronto aconteceu em uma área de tráfico de drogas e que a equipe policial foi atacada por cerca de 10 suspeitos armados. O caso ocorre em meio a denúncias de abusos e execuções cometidos em operações semelhantes na Baixada Santista, que já vinham sendo realizadas desde o ano passado com o objetivo de combater o crime organizado.
A Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo, juntamente com organizações de direitos humanos e alguns parlamentares, manifestou indignação com a morte de Ryan e de um jovem de 17 anos em Santos, questionando a política de segurança pública vigente. Em uma nota de repúdio, as entidades enfatizam que a morte de civis, especialmente de crianças, não pode ser considerada um resultado aceitável da atuação policial e condenam o que descrevem como uma postura violenta e desproporcional da PMESP em áreas periféricas e pobres. A nota foi assinada por diversas organizações e movimentos de direitos humanos, reforçando o debate sobre a atuação policial e a necessidade de transparência e respeito aos direitos civis nas operações de segurança pública no estado.