O inquérito que investiga a tentativa de golpe para manter o ex-presidente no poder foi concluído pela Polícia Federal e enviado à Procuradoria Geral da República (PGR). A investigação envolveu 37 pessoas, incluindo militares e ex-integrantes das Forças Armadas, que foram indiciados por crimes como tentativa de abolição do estado democrático de direito, tentativa de golpe de estado e organização criminosa. Esses crimes podem resultar em penas de até 30 anos de prisão, o que pode motivar alguns investigados a buscar acordos de colaboração com a Justiça para reduzir suas sentenças.
A possibilidade de novos colaboradores, à semelhança do caso de um ex-assessor que já fechou um acordo de delação, gera preocupações no entorno dos investigados. A delação de colaboradores seria crucial para fornecer novas informações e aprofundar a investigação, especialmente sobre os líderes da trama. Para que o acordo de colaboração seja efetivo, é necessário que os delatores apresentem informações inéditas que ajudem a esclarecer a rede de apoio ao golpe, com foco nas figuras de maior hierarquia dentro da organização criminosa.
O processo segue agora para a decisão da PGR, que determinará se haverá denúncias contra os indiciados. Enquanto isso, assessores próximos do ex-presidente buscam desvincular sua imagem dos eventos investigados, alegando que ele não teve envolvimento direto nas tentativas de golpe. A pressão sobre os envolvidos, somada às possíveis penas severas, pode resultar em mais adesões a acordos de colaboração, o que pode modificar o rumo da investigação.