A partir de 1º de novembro, o Estado de Goiás inicia o período de defeso, durante o qual as atividades de pesca serão suspensas devido ao fenômeno natural conhecido como piracema. Esse período é crucial para a preservação das espécies aquáticas, pois representa a época em que diversas espécies de peixes se reúnem em cardumes para reprodução e alimentação, enfrentando as correntezas para garantir a perpetuação da espécie. Qualquer interferência, como a pesca predatória, pode comprometer esse ciclo reprodutivo e prejudicar o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos. O defeso se estenderá até 28 de fevereiro de 2025.
Durante este período, a pesca de espécies ameaçadas de extinção, a captura de peixes fora das medidas permitidas, e o uso de métodos não autorizados estarão proibidos. Também é vedada a pesca a 500 metros de barragens e cachoeiras, além do uso de artifícios para retenção de cardumes. As sanções para quem desrespeitar essas normas estão previstas na legislação federal e estadual. Em contrapartida, a pesca esportiva na modalidade pesque e solte será permitida, desde que o pescador possua licença e não utilize iscas com fisgas.
A Semad (Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável) elaborou uma cartilha informativa com diretrizes sobre as normas de preservação e uma lista de espécies exóticas e híbridas que podem ser capturadas e transportadas. Além disso, a pesca de subsistência é autorizada para consumo doméstico, mas deve ser realizada de maneira artesanal e sem fins comerciais. A cartilha é um recurso importante para garantir que todos os pescadores sigam as orientações necessárias para a proteção dos rios e das espécies aquáticas em Goiás.