Os botos da Bacia Amazônica, como o cor-de-rosa e o tucuxi, enfrentam ameaças crescentes, incluindo mudanças climáticas, poluição, caça, mineração de ouro e conflitos com pescadores locais. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, suas populações estão diminuindo pela metade a cada dez anos, desequilibrando ecossistemas fluviais inteiros. Considerados “sentinelas dos rios,” esses animais refletem a saúde ambiental da Amazônia e exigem medidas urgentes de conservação.
Uma iniciativa liderada por pesquisadores e organizações como o WWF-Brasil busca mitigar esses impactos, promovendo tecnologias como o “pinger,” que emite sinais sonoros para evitar que os botos se enrolem nas redes de pesca. Testes preliminares indicaram redução de 40% nas interações entre botos e redes, beneficiando tanto a preservação dos animais quanto a subsistência de comunidades ribeirinhas. Além disso, o projeto envolve diretamente pescadores locais, garantindo validação científica e maior aceitação das medidas propostas.
A importância da preservação dos botos foi amplamente documentada em um projeto audiovisual para a National Geographic, destacando o papel central desses animais na biodiversidade amazônica. A pesquisa também inspira iniciativas educacionais e culturais, com o objetivo de sensibilizar a população sobre a convivência sustentável entre humanos e a rica fauna dos rios amazônicos.