Um relatório da Polícia Federal, divulgado em 26 de novembro de 2024, revela que, após as eleições de 2022, houve a preparação de tanques para um possível golpe de Estado no Brasil. O documento sugere que altos oficiais militares, incluindo um comandante da Marinha, estavam envolvidos em discussões sobre a adoção de medidas extremas para contestar o resultado eleitoral.
De acordo com as mensagens investigadas, o ex-presidente havia elaborado um decreto relacionado à situação, e o comandante da Marinha, Almir Garnier, foi identificado como um dos apoiadores da ação golpista. Em conversas registradas, aliados próximos ao ex-presidente mencionaram que os tanques estavam prontos no Arsenal, prontos para agir, caso fosse necessário. Há também discussões sobre uma possível ruptura com a Marinha e o envolvimento das Forças Armadas em um movimento contra o governo eleito.
O relatório destaca ainda que, em meio a essas conversas, houve manifestações de arrependimento entre os envolvidos, com um dos interlocutores mencionando que a ação foi covarde e que a história de 1964, quando houve um golpe militar, não exigiu formalidades para ser implementada. As investigações continuam, mas o conteúdo já gerou grande repercussão no cenário político e militar do país.