O IPCA registrou alta de 0,56% em outubro, acima das expectativas do mercado e do resultado do mês anterior, impulsionado principalmente pelo aumento nos preços dos alimentos e da energia elétrica. Com esse resultado, a inflação acumulada nos últimos 12 meses alcançou 4,76%, ultrapassando o teto da meta oficial. O aumento nos preços, especialmente de itens essenciais, como carnes e energia, afeta diretamente o orçamento das famílias brasileiras e representa um desafio para a gestão econômica e política do governo.
Apesar de o controle da inflação ser uma responsabilidade do Banco Central, as políticas econômicas do governo também são alvo de críticas, especialmente devido ao aumento dos gastos públicos, que afetam as expectativas inflacionárias e contribuem para a depreciação do real. Essa situação pressiona os preços ao consumidor e reduz o poder de compra da população. Em meio ao impacto da inflação na percepção popular, as dificuldades econômicas tendem a pesar negativamente na avaliação do governo, independente das medidas tomadas pelo Banco Central para controlar a situação.
Fenômeno semelhante ocorreu nos Estados Unidos, onde, mesmo com baixo desemprego e crescimento econômico, a inflação prejudicou a popularidade do governo. Esse exemplo americano pode ser um indicativo dos desafios que o presidente Lula enfrenta para consolidar uma imagem positiva em meio à inflação persistente, que continua a influenciar o cotidiano e o orçamento dos brasileiros.