A inflação em novembro, medida pelo IPCA-15, acelerou para 0,62%, acima da alta de 0,54% registrada em outubro, e atingiu 4,77% nos últimos 12 meses, mantendo-se acima do teto da meta do Banco Central. O aumento dos preços ocorre apesar da alta da taxa de juros, com a Selic sendo elevada para 11,25% após a reunião do Copom no início de novembro. A busca do BC pela meta de 3% para a inflação continua a enfrentar desafios, e especialistas indicam que a política monetária sozinha pode não ser suficiente para conter a alta de preços.
Economistas alertam que o controle fiscal é crucial para controlar a inflação e aliviar a pressão sobre os juros. De acordo com analistas, a política fiscal do governo, que envolve ajustes nas contas públicas, precisa ser revista para evitar que os gastos excessivos alimentem a inflação. Eles destacam que, enquanto o governo não tomar medidas efetivas para controlar o déficit fiscal, o impacto da elevação da Selic será limitado no controle da inflação.
Além disso, especialistas destacam o impacto do câmbio nos preços, com a expectativa de que o pacote fiscal em discussão pelo governo possa ajudar a desacelerar a economia e, assim, reduzir a pressão inflacionária. Em um cenário de crescimento econômico aquecido e baixa taxa de desemprego, a implementação de ajustes fiscais torna-se uma prioridade para equilibrar o crescimento e evitar a continuidade da alta dos preços no Brasil.