A Polícia Federal indicia, por tentativa de golpe de Estado, conversas de WhatsApp que revelam um esforço para desacreditar o sistema eleitoral brasileiro durante as eleições de 2022. As trocas de mensagens entre um ex-ajudante de ordens e um oficial do Exército mostram tentativas de encontrar provas de fraude nas urnas eletrônicas, apesar de ambos admitirem que não haviam encontrado nenhuma evidência concreta para sustentar suas alegações.
Em uma das conversas, ocorrida após o primeiro turno das eleições, os envolvidos discutem suas tentativas frustradas de identificar irregularidades no processo eleitoral. Mesmo sem encontrar qualquer indício de fraude, continuam a promover desinformação, parte de um plano maior de desestabilização política. Em outro momento, o ex-ajudante de ordens compartilha dificuldades em obter provas, mesmo após buscar especialistas e usar hackers para investigar o sistema eleitoral.
O relatório da PF também detalha que, após a vitória de um dos candidatos no segundo turno, houve mais tentativas de minar a credibilidade das eleições, incluindo discussões sobre possíveis falhas nas urnas. Apesar das buscas, os envolvidos reafirmam que não conseguiram evidências de fraude, mas continuaram tentando deslegitimar o processo, com a ajuda de infiltrados e especialistas. As investigações apontam que as ações faziam parte de um movimento maior que visava desestabilizar a democracia.