A Polícia Federal (PF) entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um conjunto de indiciamentos relacionados a uma tentativa de golpe de Estado, envolvendo várias figuras políticas e militares. O processo, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, agora será analisado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se apresentará denúncias formais no início de 2024. Entre os indiciados estão 37 pessoas, incluindo um ex-presidente e membros de sua equipe, acusados de envolvimento em crimes como golpe de Estado e organização criminosa.
A PGR irá avaliar três frentes de investigação distintas, que incluem o suposto envolvimento do ex-presidente em fraudes envolvendo joias sauditas e um esquema de falsificação de registros de vacinação. As investigações sugerem que essas ações estariam relacionadas ao planejamento de um golpe, sendo parte de um contexto maior que visava desestabilizar o governo eleito. O foco da análise será a possível conexão entre esses eventos e o golpe, para determinar se eles constituem um único esquema criminoso.
Por enquanto, o conteúdo das investigações está sob sigilo, e a PGR tem até fevereiro de 2024 para decidir se apresentará as denúncias. Caso sejam acolhidas, os indiciados poderão se tornar réus em um processo judicial. A PF manteve essas apurações dentro de um único inquérito, conhecido como inquérito das milícias digitais, que une as investigações sobre as ações de um grupo restrito de pessoas, indicando a atuação de uma organização criminosa com objetivos políticos e financeiros.