O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) registrou desaceleração na passagem de outubro para novembro, caindo de 0,67% para 0,44%, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar da diminuição no mês, o índice acumula uma alta de 6,08% nos últimos 12 meses, o que representa um aumento significativo em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando a taxa estava em 3,33%. Esse movimento reflete a continuidade da pressão sobre os custos no setor da construção, impulsionada principalmente pelos custos com materiais e mão de obra.
Entre os componentes que influenciaram o índice em novembro, destacaram-se os itens que registraram queda, como o custo da energia elétrica, que passou de 4,96% para -3,42%, e placas cerâmicas, que caíram de 0,88% para -0,64%. Outras reduções foram observadas em itens como impermeabilizantes e massa corrida. Por outro lado, os custos com materiais como vergalhões e arames de aço, além de serviços como os de pedreiro e eletricista, apresentaram aumento, puxando o índice para cima.
A variação do INCC-M também apresentou diferenças regionais. Quatro das sete capitais monitoradas pela FGV registraram desaceleração no índice entre outubro e novembro, destacando-se São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Salvador. Em contraste, cidades como Recife, Porto Alegre e Belo Horizonte observaram aceleração nos custos, com destaque para o aumento nos custos de materiais e mão de obra nesses locais. Essas diferenças regionais refletem as especificidades do mercado da construção em cada cidade e sua dinâmica econômica local.