O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) se manteve estável em 81,7 pontos entre setembro e outubro, conforme dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar da estabilidade, que indica um ritmo mais lento no mercado de trabalho, o acumulado do ano apresenta uma melhora de 4,4 pontos em relação ao final de 2023. A desaceleração econômica e a alta nos juros são fatores que afetam negativamente o desempenho do indicador, gerando incertezas sobre a tendência futura do mercado.
Em outubro, quatro dos sete componentes do IAEmp contribuíram positivamente para o resultado, com destaque para a Tendência dos Negócios de Serviços, que teve uma contribuição de 0,6 ponto, e o Emprego Previsto de Serviços, com 0,5 ponto. Em contrapartida, os componentes relacionados à Indústria apresentaram desempenho negativo, com a Tendência dos Negócios da Indústria contribuindo com -0,8 ponto e o Emprego Previsto da Indústria com -0,5 ponto. Essa dicotomia revela um cenário onde os setores de serviços mostram sinais de otimismo, enquanto a indústria enfrenta desafios.
Os próximos resultados do IAEmp serão cruciais para determinar se a atual acomodação é um sinal de reversão de tendência ou apenas uma pausa temporária. A análise do economista Rodolpho Tobler destaca a importância de monitorar esses indicadores para entender os futuros desdobramentos do mercado de trabalho no Brasil, enfatizando que o IAEmp busca antecipar os rumos do emprego no país através de dados das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor.