A COP29, que ocorre em Baku, no Azerbaijão, está marcada por uma série de incertezas enquanto as negociações avançam de forma lenta e difícil. As discussões entre as nações são intensas, com cada país defendendo seus próprios interesses. O rascunho do acordo, que inicialmente tinha 33 páginas, foi reduzido para 25 até o momento, refletindo as complexidades das negociações. A principal questão em jogo é o financiamento climático, com destaque para a necessidade de se estabelecer uma nova meta de financiamento anual para combater as mudanças climáticas, o que envolve a colaboração de países desenvolvidos, em desenvolvimento e do setor privado.
Especialistas alertam que alcançar o montante necessário para financiar as ações climáticas será um desafio significativo. Estima-se que os países em desenvolvimento necessitam de cerca de US$ 1 trilhão por ano até o final da década para enfrentar os impactos das mudanças climáticas. No entanto, muitos consideram esse valor como difícil de ser alcançado, especialmente em um cenário de desacordo entre as potências globais e com a pressão crescente para garantir mais investimentos e condições favoráveis para as nações mais vulneráveis.
O secretário-executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática, Simon Stiell, fez um apelo aos líderes do G20 para que mostrem apoio às iniciativas globais de financiamento climático. Em uma carta enviada aos líderes, ele destacou a necessidade de aumentos nas doações e empréstimos, além da revisão das dívidas de países vulneráveis para evitar que as metas climáticas sejam inviáveis. A expectativa é que o G20, em sua reunião no Rio de Janeiro, envie um sinal claro de apoio, o que poderia impulsionar as negociações na COP29.