O governo brasileiro está analisando os possíveis impactos da reeleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos sobre sua agenda multilateral e os fóruns internacionais que lidera. Com eventos importantes, como a Cúpula do G20 no Rio de Janeiro e a COP30 em Belém em 2025, há preocupações de que a abordagem “America First” de Trump possa comprometer a colaboração internacional em questões como mudanças climáticas e comércio global. A diplomacia brasileira observa que as implicações dessa mudança de postura se estenderão a várias instâncias multilaterais, incluindo a Organização Mundial do Comércio e as Nações Unidas.
Embora a equipe diplomática esteja atenta às promessas de campanha de Trump, reconhecem que é necessário aguardar ações concretas do novo governo antes de tirar conclusões definitivas. Esse período de espera é visto como uma fase de especulação, e as diretrizes futuras da administração americana permanecem incertas. O foco principal da agenda multilateral do Brasil, especialmente em relação à COP30, está centrado na luta contra as mudanças climáticas, que pode ser menos favorecida sob a nova administração.
Enquanto o G20 ainda ocorrerá sob a presidência de Joe Biden, as expectativas são de que o apoio dos Estados Unidos a pautas brasileiras, como a sustentabilidade e a equidade econômica global, não seja tão robusto quanto seria em um cenário de continuidade. A percepção é de que a mudança na Casa Branca poderá desviar o curso de discussões cruciais e limitar as oportunidades de avanço nas agendas prioritárias do Brasil em fóruns internacionais.