O retorno de Donald Trump ao poder nos EUA pode marcar uma nova guerra comercial, especialmente com a China. Entre as promessas de campanha, o republicano sugere tarifas pesadas sobre produtos chineses e taxas sobre mercadorias de outros países, com foco em tecnologia. Analistas afirmam que produtos essenciais como carne e café brasileiros devem ficar fora dessas medidas, já que são amplamente consumidos nos EUA e encarecer essas importações poderia afetar a economia americana.
Para o Brasil, a disputa pode representar uma oportunidade. Como no primeiro mandato de Trump, quando as tarifas sobre produtos agrícolas americanos impulsionaram as exportações brasileiras, especialmente de soja, espera-se que um novo conflito leve a um aumento das vendas para a China. A demanda chinesa por grãos, como soja e milho, essenciais para a alimentação animal, poderia ser suprida ainda mais pelo Brasil em meio a possíveis tensões comerciais entre os dois gigantes econômicos.
Além disso, outros setores do agronegócio brasileiro podem se beneficiar, incluindo a exportação de carne. Embora concorram com os EUA em várias categorias de carne, o Brasil é o principal fornecedor global de carne bovina e de frango, o que o coloca em uma posição vantajosa caso o mercado americano sofra novas restrições. A situação potencialmente oferece ao Brasil uma chance de consolidar suas exportações e ampliar parcerias com a China e outros mercados que buscam alternativas ao produto americano.