As eleições presidenciais dos Estados Unidos geram grandes expectativas nos mercados globais, especialmente pela proximidade das pesquisas entre o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris. Analistas avaliam que uma vitória de Trump pode dificultar o combate à inflação americana, pressionando os juros pelo Federal Reserve (Fed) e fortalecendo o dólar, enquanto o mercado poderia se beneficiar de tarifas elevadas sobre produtos chineses e menor regulação. Já uma vitória de Kamala Harris tende a implicar mais regulamentações e impostos sobre empresas, possivelmente enfraquecendo o dólar no curto prazo e incentivando políticas de investimento sustentável.
Estratégias de investimento também são tema de análise. A especialista Carolina Bohnert destaca que setores brasileiros ligados a commodities, como agricultura e siderurgia, podem ganhar com uma eventual vitória de Trump, impulsionados pela guerra comercial com a China e a alta do dólar. Por outro lado, a eleição de Harris beneficiaria mineradoras brasileiras como a Vale, devido à demanda por minerais para a transição energética, além de empresas de energia renovável, como a WEG, com foco em soluções sustentáveis.
Em ambos os cenários, analistas aconselham cautela aos investidores, enfatizando a importância de pensar a médio e longo prazo, independentemente do resultado eleitoral. A perspectiva é de que a economia americana e o dólar mantenham sua relevância global, enquanto os impactos de curto prazo devem ser analisados em função das políticas econômicas futuras, a continuidade da agenda ambiental e possíveis ajustes monetários pelo Fed.