A eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos e a subsequente decisão do Federal Reserve de reduzir a taxa de juros em 0,25 ponto percentual movimentaram o cenário econômico global. No Brasil, o Banco Central tomou a direção oposta, aumentando a Selic em 0,50 ponto percentual, o que pode ter reflexos importantes nos investimentos, especialmente em renda fixa e variável. Especialistas afirmam que a nova política fiscal de Trump, com foco em cortes de impostos e medidas protecionistas, pode aquecer a inflação nos EUA, beneficiando os investimentos em títulos de renda fixa de curto e médio prazo e incentivando setores específicos na bolsa americana, como tecnologia, defesa, energia e infraestrutura.
Para renda fixa, títulos americanos com vencimentos de 1 a 5 anos foram destacados como opções vantajosas, devido à menor sensibilidade à volatilidade das taxas de juros. Também se sugere considerar títulos corporativos de alta qualidade de crédito, desde que o investidor esteja atento aos riscos. Com a política econômica expansionista de Trump, há expectativa de elevação nas curvas de juros americanas, o que pode gerar oportunidades no futuro, ainda que no curto prazo a rentabilidade possa apresentar alguma redução. A valorização do dólar também foi projetada, especialmente após a vitória de Trump.
No mercado de ações, as perspectivas de valorização são seletivas e dependem da diversificação e análise cuidadosa dos ativos. Analistas recomendam atenção à volatilidade do mercado americano, especialmente em setores que tendem a se beneficiar da política de Trump. Empresas como Amazon, Microsoft, JPMorgan, Disney, Nvidia, Eli Lilly e Berkshire Hathaway foram apontadas como boas opções para novembro, devido a suas posições de mercado, inovações tecnológicas e estratégias de crescimento. A recomendação inclui acompanhar as oportunidades de alta desses ativos, em meio a um cenário de incerteza que exige prudência e uma análise equilibrada de risco e retorno.