A Ilha de Guam, território americano no Pacífico, está lidando com uma grave superpopulação de aranhas e cobras invasoras. Estudos realizados por cientistas da Virginia Tech revelaram que as florestas de Guam abrigam uma quantidade de aranhas 40 vezes maior que em ilhas vizinhas, como Rota, Tinian e Saipan, especialmente durante a estação úmida. A quantidade de aranhas, cujos olhos e pernas chegam a somar bilhões, representa um desafio ecológico crescente para a ilha.
Além das aranhas, as cobras-arbóreas-marrom, espécie invasora introduzida na década de 1940, são uma preocupação ainda maior. Essas cobras se alimentam de diversas espécies, incluindo aves, e levaram à extinção de 10 das 12 espécies de pássaros que habitavam Guam. A população de cobras, estimada em cerca de dois milhões, continua a crescer apesar de vários esforços para seu controle, que incluem o uso de armadilhas, venenos e até agentes biológicos.
Guam, com 550 quilômetros quadrados e uma população de aproximadamente 162 mil pessoas, enfrenta também desafios administrativos. O território, apesar de ser um ponto estratégico no Pacífico e de ser parte dos Estados Unidos, possui um status político peculiar: seus habitantes são cidadãos americanos, mas não têm direito a voto nas eleições nacionais e sua representação no Congresso é limitada.