O Ibovespa permaneceu próximo da estabilidade durante a segunda-feira, oscilando entre os 128.931,74 e 129.494,67 pontos, com uma variação de apenas 563 pontos. No fechamento, o índice registrou uma leve queda de 0,07%, encerrando aos 129.036,10 pontos, com um volume financeiro de R$ 28 bilhões. Em termos mensais, o índice apresentou uma queda de 0,52%, e no acumulado do ano, perdeu 3,84%. As ações de peso, como Vale, Petrobras e os grandes bancos, apresentaram resultados mistos, enquanto companhias como CVC, Azul e Magazine Luiza se destacaram com ganhos significativos.
A sessão foi marcada também pela expectativa do mercado em relação às medidas fiscais do governo federal, após uma reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros para discutir estratégias de contenção de despesas. Embora o encontro não tenha gerado declarações imediatas, a reunião reflete as discussões sobre formas de reduzir os gastos do governo, com a expectativa de um pacote de medidas a ser anunciado até o fim de novembro. O cenário fiscal segue sendo um tema crucial para os investidores, especialmente diante das projeções de crescimento da inflação e das taxas de juros.
No campo macroeconômico, o Boletim Focus do Banco Central trouxe uma leve melhoria nas expectativas para a inflação, embora ainda acima do teto da meta. O destaque ficou por conta da redução das expectativas de inflação para 2024, que caiu para 4,63%, o que impactou positivamente os juros futuros. Contudo, as previsões para a Selic em 2025 e 2027 foram ajustadas para cima, indicando um cenário de crédito mais restritivo por um período prolongado. Além disso, o mercado externo reagiu positivamente à escolha de Scott Bessent para o Tesouro dos Estados Unidos, influenciando o desempenho das bolsas americanas e impactando o mercado global.