O Ibovespa encerrou a semana com alta de 1,74%, atingindo 129.125,51 pontos, nível não registrado desde 7 de novembro, impulsionado principalmente pelo desempenho da Petrobras e de outros setores como o financeiro. A estatal anunciou dividendos extraordinários de R$ 20 bilhões e um novo plano estratégico, que estimularam a demanda por suas ações. O setor financeiro também contribuiu para o avanço, com destaque para o desempenho de grandes bancos. O índice, que oscilou entre uma mínima de 126.944,33 pontos e uma máxima no fechamento, registrou o maior ganho percentual diário desde o início de novembro, em uma sessão movimentada com giro financeiro de R$ 22,1 bilhões.
Apesar da recuperação pontual, o Ibovespa ainda acumula perdas no mês (-0,45%) e no ano (-3,77%), enquanto o mercado segue atento à questão fiscal do país. A demora na apresentação de um pacote de cortes de gastos aumenta a tensão, impactando as curvas de juros e mantendo incertezas sobre a sustentabilidade fiscal. Analistas destacam que o governo parece mirar a banda inferior da meta de déficit fiscal, reforçando a cautela dos investidores. No entanto, os anúncios corporativos da Petrobras ofuscaram momentaneamente as preocupações fiscais, garantindo um dia mais positivo para o índice.
Em contraste, os mercados internacionais demonstram força, com sólidos avanços nos índices americanos, como o Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq. Este cenário externo mais favorável também oferece suporte aos mercados locais. Uma pesquisa divulgada no Termômetro Broadcast Bolsa aponta que o otimismo com o Ibovespa continua moderado, com a maioria dos respondentes prevendo alta para a próxima semana, ainda que a cautela prevaleça diante dos desafios internos.