Francisco Wanderley Luiz, responsável pelo atentado na Praça dos Três Poderes em Brasília, passou pelos corredores da Câmara dos Deputados algumas horas antes de cometer o ataque, de acordo com informações compartilhadas por um parlamentar. Wanderley teria entrado no prédio dizendo que se dirigiria ao gabinete do deputado Jorge Goetten, mas, na prática, acessou apenas o banheiro no Anexo IV da Câmara, sem chegar a entrar no gabinete. A segurança do local, que inclui detector de metais, impediu que ele portasse artefatos explosivos ao entrar no prédio, o que levanta questões sobre como ele transportou os explosivos posteriormente.
O atentado ocorreu na noite de quarta-feira (13), quando duas explosões ocorreram nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF). Uma pessoa morreu, e a área foi imediatamente isolada. Antes das explosões no entorno da praça, outra detonação aconteceu em um veículo estacionado no Anexo IV da Câmara, que estava registrado em nome de Wanderley. A Polícia Federal iniciou uma investigação para apurar os detalhes das explosões e tratar o caso como ato terrorista, após a descoberta de artefatos semelhantes aos usados no ataque, encontrados em uma casa alugada por Wanderley em Ceilândia.
O deputado Jorge Goetten, que conhecia Wanderley há mais de 30 anos, lamentou a perda de um conterrâneo, mas expressou preocupação com o fato de o atentado ter colocado outras vidas em risco. Ele mencionou que, embora o autor do atentado parecesse estar emocionalmente abalado durante um encontro em 2023, nada em seu comportamento sugeriu uma intenção de cometer tal ato. As investigações continuam para esclarecer os motivos por trás do ataque, enquanto a comunidade local e as autoridades buscam entender o que levou Wanderley a realizar esse crime.