Um homem foi condenado pela Justiça a pagar R$ 30 mil ao Fundo de Valorização da Comunidade Negra por danos morais coletivos após um ataque em um bar de Campinas (SP) em 2022. Durante o incidente, houve disparos de arma de fogo, ofensas racistas, e a exibição de um símbolo nazista. A decisão reconheceu a discriminação racial praticada contra um funcionário negro e frequentadores do local, ressaltando a necessidade de coibir atitudes inaceitáveis em uma sociedade que valoriza a igualdade racial.
Na mesma noite, o acusado seguiu para Paulínia, onde realizou disparos em outro bar, atingindo dois clientes nordestinos. As vítimas relataram ofensas xenofóbicas antes dos tiros, e testemunhas confirmaram o comportamento violento do grupo. O homem será julgado por tentativa de homicídio, coação e porte ilegal de arma de fogo. A Justiça também determinou o júri para um segundo acusado, envolvido no caso por omissão de socorro e apoio ao autor do crime.
A defesa do acusado alega legítima defesa nos disparos em Paulínia, negando a intenção de matar. Ele já havia sido condenado a pena de prisão pelo caso em Campinas por injúria racial, ameaça e disparo de arma. O episódio reforça a necessidade de combate rigoroso a práticas discriminatórias e de proteção à dignidade humana, apontam as decisões judiciais.