Joelton Gusmão de Oliveira, condenado a 17 anos de prisão pelos ataques aos Três Poderes em 8 de janeiro do ano passado, foi preso na cidade de La Plata, em Buenos Aires, após estar foragido na Argentina. Ele foi detido por agentes da polícia da província de Buenos Aires, que o identificaram como procurado pela Justiça brasileira. A detenção ocorreu após uma verificação de rotina, e Gusmão foi levado à custódia para possível extradição, conforme solicitado pelas autoridades brasileiras.
A defesa de Gusmão contestou a prisão, alegando que ele estava no local para renovar sua documentação de residência temporária e que não havia sido informado sobre o pedido de extradição. A filha de Gusmão, Agnes, afirmou que a detenção foi irregular, pois ele foi preso sem intérprete e sem o acesso ao advogado. Além disso, alega que sua documentação estava regular e que ele sempre se apresentava ao departamento de imigração para renovação de sua residência.
A detenção de Gusmão marca o primeiro caso de prisão de um foragido pelos ataques de 8 de janeiro na Argentina. Desde o início do ano, pelo menos 181 brasileiros solicitaram refúgio no país, e ainda aguardam a análise de seus pedidos. O processo de extradição de outros suspeitos tem avançado, com algumas solicitações sendo entregues pela embaixada brasileira. No entanto, de acordo com as normas internacionais de asilo, enquanto os pedidos de refúgio estão em análise, os solicitantes não podem ser extraditados, e sua detenção é considerada irregular por órgãos de direitos humanos.