Itapetininga, no interior de São Paulo, é o terceiro maior município do estado em extensão territorial, com 1.789 km² e quase cinco mil quilômetros de estradas vicinais que conectam seis distritos e mais de 120 bairros rurais. A história da cidade está profundamente vinculada ao tropeirismo, sendo um ponto de pouso importante para tropeiros que transportavam mulas do sul até Sorocaba. O legado desses percursos ainda é sentido nos bairros rurais, como Sabiaúna, onde famílias como os Amâncio mantêm tradições agrícolas passadas de geração em geração.
No bairro Sabiaúna, a vida rural segue marcada pela união comunitária e pela preservação das tradições. A família Amâncio, por exemplo, continua se dedicando ao plantio e à venda de milho e hortaliças, com histórias que remontam à construção da Estrada Vicinal Antônio Amancio da Silva, batizada em homenagem ao patriarca que a abriu décadas atrás. O bairro abriga também a capela Menino Jesus de Praga, símbolo de fé e solidariedade, construída por iniciativa da comunidade local. Jovens como João Vitor Domingues perpetuam o legado familiar e combinam o trabalho no campo com a criação de conteúdos digitais, reforçando o elo entre o passado e o presente.
Já no bairro Pinheiro Alto, a família Macedo mantém viva a tradição da olaria e a memória dos tempos em que o cultivo e a produção rural eram a base da vida local. A capela construída pelo patriarca da família é um exemplo do vínculo entre a cultura e a espiritualidade do campo. A relevância do agronegócio em Itapetininga é ressaltada pelo chefe da agência do IBGE, que destaca a diversidade agrícola e o impacto econômico da região. Culturas como soja, milho e laranja, além da pecuária de corte e leite, contribuem para o desenvolvimento sustentável do município, que possui uma economia fortemente baseada no setor agrícola.