Em 1944, Campinas (SP) inaugurou a 1ª Junta de Conciliação e Julgamento, atualmente conhecida como 1ª Vara do Trabalho, em resposta ao crescimento urbano e à industrialização da região. O primeiro processo registrado, que envolveu um trabalhador reivindicando direitos não pagos e situações de vexame por parte do empregador, destaca questões de assédio moral que, embora não reconhecidas na época, refletem problemas ainda relevantes nas relações de trabalho atuais.
O juiz que proferiu a sentença no caso inicial, considerando a impossibilidade de reintegração do trabalhador devido à hostilidade existente, determinou o pagamento de salários atrasados e indenizações, simbolizando um avanço na proteção dos direitos laborais. O atual titular da vara, refletindo sobre esse marco, enfatizou a importância do acesso à Justiça do Trabalho para assegurar direitos fundamentais, além de reconhecer a evolução contínua das normas trabalhistas ao longo das décadas.
Para celebrar os 80 anos da Justiça do Trabalho em Campinas, uma exposição foi montada no Fórum Trabalhista, apresentando não apenas o primeiro processo, mas também a trajetória da primeira juíza da cidade. A mostra, que ficará aberta ao público até 16 de novembro, ressalta o papel civilizatório da Justiça do Trabalho, com a esperança de que continue a evoluir e a garantir direitos por muitas décadas mais.
