A hipertensão arterial é uma condição que afeta cerca de um em cada três adultos em todo o mundo, mas apenas 30% dos pacientes diagnosticados seguem corretamente o tratamento prescrito. A falta de adesão ao tratamento traz consequências graves para a saúde, como infartos, AVCs e insuficiência cardíaca, além de ser responsável por aproximadamente 380 mil mortes diárias. A hipertensão não tratada danifica o sistema cardiovascular, promovendo o desenvolvimento de placas de gordura nas artérias, o que aumenta o risco de complicações sérias.
A prevalência da hipertensão aumenta com a idade, atingindo cerca de 30% da população adulta entre 30 e 40 anos e podendo chegar a até 70% entre pessoas acima de 60 anos. No entanto, é crescente o número de casos entre jovens adultos, especialmente aqueles com histórico familiar de hipertensão ou com fatores de risco como obesidade, sedentarismo e dietas ricas em sal. Estudos indicam que, entre adolescentes, a taxa de hipertensão pode atingir 14%, o que é motivo de preocupação, pois a doença normalmente não deveria afetar crianças.
Em crianças mais novas, a hipertensão pode ser causada por fatores além da genética, como problemas renais ou distúrbios hormonais. Por isso, é essencial investigar a causa da hipertensão em crianças menores de 14 anos. O tratamento inicial para adolescentes e crianças deve focar em mudanças no estilo de vida, como alimentação saudável e prática de atividade física. O uso de medicamentos deve ser considerado apenas como último recurso.