Um jogo da Liga das Nações entre França e Israel, realizado no Stade de France, na última quinta-feira (14), foi marcado por tensões e confrontos, refletindo o clima de polarização em torno da guerra em Gaza. Durante a execução do hino nacional de Israel, o público francês vaiou, gerando um clima de hostilidade. Fãs israelenses presentes no estádio reagiram com gritos de apoio às vítimas da guerra, agitando balões amarelos e exigindo a libertação de reféns. A partida, que terminou em 0 a 0, aconteceu diante de uma das menores plateias da história do estádio, com apenas 16.611 espectadores, em parte devido ao receio com a segurança.
A França mobilizou um grande aparato de segurança, com cerca de 4.000 agentes de segurança, para evitar episódios de violência, como os registrados na semana anterior, em Amsterdã, durante um jogo da Europa League. Apesar das precauções, houve uma confusão nas arquibancadas, envolvendo torcedores israelenses e outros presentes, resultando em correria e troca de socos. A origem do conflito não foi totalmente esclarecida. Além disso, protestos contra Israel ocorreram nas imediações do estádio, com manifestantes empunhando bandeiras palestinas e outras simbologias, criticando a guerra em Gaza.
O jogo também foi acompanhado de perto por autoridades francesas, incluindo o presidente Emmanuel Macron, que esteve no estádio como sinal de solidariedade. A situação gerou declarações do ministro do Interior, que afirmou que não havia riscos iminentes, mas a violência ainda era uma preocupação. Macron reafirmou o compromisso da França contra o antissemitismo e a violência, destacando que atitudes intimidatórias não seriam toleradas em território francês.