Hemocentros de todo o Brasil comemoram, nesta segunda-feira (25), o Dia Nacional do Doador de Sangue, criado há 60 anos para incentivar a solidariedade e ampliar os estoques nos bancos de sangue. O mês de novembro é estratégico devido à aproximação das festas de fim de ano e das férias, períodos em que há aumento na procura e redução de doações. Segundo o Ministério da Saúde, há uma preocupação especial com os estoques de sangue O positivo e O negativo, os mais críticos em vários estados, como São Paulo. O Hemocentro de Brasília alerta que o aumento de cirurgias eletivas neste período intensifica a necessidade de mais doações.
Para incentivar a doação, estratégias como a campanha envolvendo torcedores dos times que disputarão a final da Copa Libertadores têm sido implementadas. Cada doação pode beneficiar até quatro pacientes, com sangue utilizado em tratamentos de câncer, doenças hematológicas, cirurgias de grande porte e emergências. Apesar de a OMS recomendar que 3,5% da população doe sangue, no Brasil apenas 1,4% é doadora, o que equivale a 14 doadores a cada mil habitantes. Essa baixa taxa motiva esforços de conscientização e campanhas em todo o país.
Além de campanhas, o Ministério da Saúde desenvolveu o aplicativo Hemovida para facilitar o processo de doação, permitindo acesso a informações úteis e histórico de doações. Doar sangue é um procedimento seguro e essencial para salvar vidas. Podem doar pessoas entre 16 e 69 anos, com boa saúde, peso superior a 51 kg e IMC adequado, entre outros requisitos. A doação é voluntária, sem remuneração, sendo celebrada também no Dia Mundial do Doador de Sangue, em 14 de junho, reforçando o ato como um gesto de solidariedade e cidadania.