O chefe interino do Hamas em Gaza, Khalil al-Hayya, declarou que a troca de reféns por prisioneiros com Israel só seria possível se a guerra no enclave palestino fosse encerrada. Em entrevista à TV Al-Aqsa, ele enfatizou que, enquanto o conflito continuar, o grupo não devolveria os reféns, questionando por que faria isso enquanto a guerra prossegue. Hayya também criticou a postura do governo israelense, especialmente o primeiro-ministro, responsabilizando-o pela paralisia nas negociações mediadas por países como Catar e Egito.
O Hamas defende que um possível acordo de troca envolva a libertação de reféns israelenses e estrangeiros mantidos em Gaza, além de prisioneiros palestinos detidos por Israel. No entanto, o governo israelense insiste que a guerra só poderá terminar quando o Hamas for “erradicado”, criando um impasse nas negociações. Em meio a essa tensão, os esforços diplomáticos continuam, mas sem avanços significativos, com o Hamas acusando Netanyahu de sabotar o processo.
A guerra, que já se estende por mais de um ano, gerou uma crise humanitária significativa. Em Gaza, mais de 43 mil palestinos morreram devido aos ataques israelenses, enquanto o Líbano e a Síria também foram afetados pelos bombardeios, com milícias alinhadas ao Irã sendo alvo de ações militares israelenses. As negociações para uma trégua, tanto em Gaza quanto no Líbano, estão paralisadas, intensificando a incerteza sobre um possível cessar-fogo na região.