Em uma ação coordenada entre a Polícia Civil do Rio Grande do Sul e a Polícia Civil de São Paulo, um hacker foi preso em flagrante em Jundiaí, no interior paulista, após ser investigado por uma série de ameaças terroristas, discriminação racial e homofóbica, além de ataques a autoridades públicas. O suspeito, um empresário de 36 anos do setor de mídia digital, é apontado como responsável por e-mails anônimos com ameaças de atentados a bomba contra o Supremo Tribunal Federal, o Senado e o Aeroporto de Guarulhos. A prisão faz parte da Operação Deus Vult, que também busca identificar possíveis vínculos com outros extremistas.
Durante a prisão, foram apreendidos diversos equipamentos eletrônicos, incluindo computadores, celulares e dispositivos de armazenamento. A Polícia Civil investiga se o hacker tem alguma conexão com um outro extremista responsável por um atentado próximo ao STF, mas até o momento não há provas que liguem os dois. A investigação também revelou que o hacker era ativo em grupos extremistas e havia se envolvido em outras ações criminosas, com inquéritos em andamento em diferentes estados, incluindo investigações da Polícia Federal.
A prisão ocorreu após uma denúncia feita pela deputada estadual Bruna Rodrigues, que recebeu ameaças de morte e agressões. Durante a apuração, foi descoberto que o hacker usava dados de terceiros para criar contas anônimas e enviar mensagens ameaçadoras, o que levou a investigações mais profundas. A Polícia Civil também descobriu que uma das vítimas dos dados roubados chegou a tentar suicídio. A operação segue em andamento para analisar os materiais apreendidos e identificar a extensão das atividades do suspeito.