O secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo aos países do G20 para que busquem consenso em vez de divisões, especialmente em um momento em que o multilateralismo enfrenta desafios, como o posicionamento de líderes contrários à cooperação internacional. Em sua declaração, Guterres ressaltou que a Agenda 2030, que foi acordada globalmente, é fundamental para combater as desigualdades e promover um mundo mais justo. Ele enfatizou que se o G20 se dividir, sua relevância e impacto global serão prejudicados, o que é indesejável em um cenário geopolítico já marcado por fortes tensões.
Além disso, o secretário-geral abordou temas urgentes como a crise climática, destacando que 2024 promete ser o ano mais quente da história, com impactos visíveis em várias regiões, como a seca na Amazônia e as enchentes no Sul do Brasil. Ele defendeu que as grandes economias liderem a ação climática, reconhecendo que os Estados Unidos, embora importantes, já estão sendo influenciados por um mercado que favorece soluções sustentáveis. A crise climática, segundo ele, exige uma resposta global coordenada para restaurar a confiança no sistema internacional.
Por fim, Guterres reafirmou a necessidade de uma reforma no Conselho de Segurança da ONU, que, segundo ele, não reflete mais a realidade geopolítica atual, com uma composição desatualizada e ineficaz. Ele também abordou a situação no Oriente Médio, defendendo uma paz justa e duradoura, que respeite os direitos tanto de palestinos quanto israelenses, e pediu um cessar-fogo imediato em Gaza, além de uma ajuda humanitária eficaz para mitigar o sofrimento da população local.